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quinta-feira, 16 de julho de 2009
quarta-feira, 15 de julho de 2009
CULTURA PATAXÓ
O canto e a dançaO Awê para nós Pataxó significa o amor, a união e a espiritualidade com a natureza. O Awê nos traz segurança e a dança e o canto são instrumentos de comunhão entre nós Povo Pataxó e a natureza. Através do canto e da dança transpiramos e adquirimos novas energias da terra, do ar, da água, do fogo e de todas as energias positivas que formam a natureza.
A PinturaA pintura corporal é um bem cultural de grande valor para nós Pataxó. Ela representa parte de nossa história, sentimentos do cotidiano e os bens sagrados. Usamos a pintura corporal em festas tradicionais na Aldeia como em ritos de casamento, nascimento, comemorações, dança, luta, sedução, luto, proteção, etc. Temos pintura para o rosto, braço, costas e até mesmo para as pernas. Usamos pinturas específicas para homens e mulheres casados e solteiros. As pinturas têm diversidade de tamanho e significados.AlimentaçãoA nossa alimentação tem como base a pesca, coleta de frutos e raízes, bem como, a agricultura. No que se trata das raízes que usamos na alimentação, a mandioca, sem dúvida, é o alimento preferido. É dela que fazemos a nossa bebida sagrada conhecida como kawi, o makaiaba (o beiju) e kuiuna (farinha). Também cultivamos outras raízes como inhame, batata, amendoim, taioba, etc. Um outro alimento muito apreciado é o peixe preparado na folha da patioba, pois ele é um alimento saudável que rejuvenesce o corpo e purifica o espírito.ArtesanatoO nosso artesanato é feito a partir de tudo aquilo que a natureza oferece tais como madeiras, sementes, palhas, cipós, argila, penas, bambu e etc. Alguns artesanatos são feitos de barro como o pote, a talha e a panela. Outros são feitos de cipó como o caçuar e o cesto. E ainda têm os que são feitos com uruba como a peneira e o leque. Toda esta produção artesanal estava ligado às necessidades do cotidiano, bem como, alguns artesanatos estão relacionados a proteção espiritual como, por exemplo, o colar de Tento.Plantas medicinaisA nossa vida em harmonia com a natureza permitiu o conhecimento de várias plantas, raízes, cipós, folhas, sementes, casca de madeiras, resinas e etc. A resina da amesca, por exemplo, serve para purificar o ambiente, fortalecer o espírito e também para afastar as coisas negativas do corpo.
A PinturaA pintura corporal é um bem cultural de grande valor para nós Pataxó. Ela representa parte de nossa história, sentimentos do cotidiano e os bens sagrados. Usamos a pintura corporal em festas tradicionais na Aldeia como em ritos de casamento, nascimento, comemorações, dança, luta, sedução, luto, proteção, etc. Temos pintura para o rosto, braço, costas e até mesmo para as pernas. Usamos pinturas específicas para homens e mulheres casados e solteiros. As pinturas têm diversidade de tamanho e significados.AlimentaçãoA nossa alimentação tem como base a pesca, coleta de frutos e raízes, bem como, a agricultura. No que se trata das raízes que usamos na alimentação, a mandioca, sem dúvida, é o alimento preferido. É dela que fazemos a nossa bebida sagrada conhecida como kawi, o makaiaba (o beiju) e kuiuna (farinha). Também cultivamos outras raízes como inhame, batata, amendoim, taioba, etc. Um outro alimento muito apreciado é o peixe preparado na folha da patioba, pois ele é um alimento saudável que rejuvenesce o corpo e purifica o espírito.ArtesanatoO nosso artesanato é feito a partir de tudo aquilo que a natureza oferece tais como madeiras, sementes, palhas, cipós, argila, penas, bambu e etc. Alguns artesanatos são feitos de barro como o pote, a talha e a panela. Outros são feitos de cipó como o caçuar e o cesto. E ainda têm os que são feitos com uruba como a peneira e o leque. Toda esta produção artesanal estava ligado às necessidades do cotidiano, bem como, alguns artesanatos estão relacionados a proteção espiritual como, por exemplo, o colar de Tento.Plantas medicinaisA nossa vida em harmonia com a natureza permitiu o conhecimento de várias plantas, raízes, cipós, folhas, sementes, casca de madeiras, resinas e etc. A resina da amesca, por exemplo, serve para purificar o ambiente, fortalecer o espírito e também para afastar as coisas negativas do corpo.
São vários registros históricos que confirmam a presença dos Índios Pataxó nesta região conhecida como “Costa do Descobrimento
KAÊHÁ PATAXÓ UPÚ KARTENIG São vários registros históricos que confirmam a presença dos Índios Pataxó nesta região conhecida como “Costa do Descobrimento”. Nos relatos dos viajantes europeus que visitaram o Brasil no século XIX, por exemplo, encontramos evidências da presença dos índios Pataxó nas regiões litorâneas do Brasil conhecidas como Bahia e no interior das matas de Minas Gerais.
Hoje nos identificamos como Povo Pataxó, originários da Aldeia de Barra Velha, chamada por nós de Aldeia Mãe, área indígena do Monte Pascoal. Estamos distribuídos em várias aldeias por diversos municípios como Prado, Itamaraju, Santa Cruz Cabrália e Porto Seguro; sendo que em cada aldeia tem um Cacique.
A Reserva da Jaqueira foi um dos lugares que fora habitado pelos índios Pataxó no passado. Esse espaço sempre foi considerado um lugar sagrado, morada dos espíritos, lugar de rituais repleto de muita energia positiva. Hoje a Reserva da Jaqueira é um lugar utilizado para a revitalização, afirmação e valorização da cultura Pataxó.
É na Reserva da Jaqueira que desenvolvemos diversas atividades como educação ambiental, aliada ao ecoturismo para o desenvolvimento sustentável; divulgação da nossa história e de vários outros aspectos da nossa cultura como a música, a dança, a culinária, bem como, conhecimento medicinal das plantas, palestras, caminhadas pela mata; também mostramos o nosso modo de viver no território, nossos costumes e tradições em harmonia com a natureza.
Hoje nos identificamos como Povo Pataxó, originários da Aldeia de Barra Velha, chamada por nós de Aldeia Mãe, área indígena do Monte Pascoal. Estamos distribuídos em várias aldeias por diversos municípios como Prado, Itamaraju, Santa Cruz Cabrália e Porto Seguro; sendo que em cada aldeia tem um Cacique.
A Reserva da Jaqueira foi um dos lugares que fora habitado pelos índios Pataxó no passado. Esse espaço sempre foi considerado um lugar sagrado, morada dos espíritos, lugar de rituais repleto de muita energia positiva. Hoje a Reserva da Jaqueira é um lugar utilizado para a revitalização, afirmação e valorização da cultura Pataxó.
É na Reserva da Jaqueira que desenvolvemos diversas atividades como educação ambiental, aliada ao ecoturismo para o desenvolvimento sustentável; divulgação da nossa história e de vários outros aspectos da nossa cultura como a música, a dança, a culinária, bem como, conhecimento medicinal das plantas, palestras, caminhadas pela mata; também mostramos o nosso modo de viver no território, nossos costumes e tradições em harmonia com a natureza.
SEMANA DO ÍNDIO UMA DÍVIDA COM A HISTÓRIA E UM BURACO NA CONSCIÊNCIA
Estamos em abril, certamente alguém lembrará que neste mês é comemorado o dia do índio, 19 de abril. Muitas fotos serão publicadas e alguns artigos irão rechear as páginas dos jornais e revistas e ilustrar imagens da televisão. Nesta perspectiva, aproveitamos a oportunidade para colocarmos alguns pontos que possam esclarecer a real história e situação indígena, em nossos imensos pais. A compreensão destes pontos é de fundamental importância, para que inspire nos homens a busca da construção de uma sociedade mais justa e mais digna onde não possa haver fronteiras que separe as pessoas, seja pela ideologia política, crença, raça…Embora marginalizados desde o início pela colonização portuguesa, a cultura indígena era, e é tão forte, que contribuiu de forma decisiva para a formação da identidade do povo brasileiro. E, se penetrarmos além das aparências, veremos que nós brasileiros carregamos a cada momento do nosso cotidiano vários elementos indígenas: nos genes, na alimentação, nas músicas e nos inúmeros medicamentos, nos mitos etc. O lado de degradar a natureza, certamente não herdamos dos índios.Se pudéssemos recuar no tempo, talvez resumisse de forma poética essa história da seguinte forma:
O sol ainda tingia de dourado as folhas do buriti, quando pela primeira vez o índio pisou nessa terra Pindorama.Isto foi há muito tempo; de lá para cá, mais de 550 gerações se passaram.No início eram grupos nômades, caçadores e coletores; muito tempo depois eles transformaram em agricultores e colonizaram os verdejantes vales desta terra. Neste local, implantaram suas grandes aldeias e seus roçados.E, assim, viviam tranqüilos, respeitando a riqueza do ambiente e as fronteiras que estabeleceram, fronteiras essas que não tinha arames cercas, ou muros, mas sim a fronteira do respeito, onde todos podiam usufruir do meio em que viviam apenas com objetivo de subsistência.Depois que os troncos e famílias lingüísticas se formaram Tupi foi para o norte, Guarani para o sul, Tupinambás para o litoral e os guerreiros Jê povoaram o centro da América do Sul.
Entretanto, como antropólogo e arqueólogo, sentimo-nos na obrigação de esmiuçar com dados concretos, os passos dessa história, mesmo que seja ainda resumida. E tentar mesmo que longe sentir na pele o que os nossos antepassados viveram.Um povo, uma nação que a milhares de anos povoaram e viveram aqui, sem donos, sem ambição sem a destruição chamada (civilização) (modernidade).
E, assim viviam, até o dia em que irromperam na área, em grandes destacamentos armados, homens diferentes, não interessados em plantar, colher e caçar, nem em construir aldeias entre o cerrado e a mata, ou à beira da lagoa ou do rio. Queriam levar gente, pedras brilhantes e ouro. Para muito longe. Meados do século XVII.Foi o caos. As roças foram pilhadas, as aldeias foram demolidas, as mulheres violentadas, as terras de cultivo invadidas, as pessoas morrendo de doenças desconhecidas. A guerra foi a solução ditada pelo desespero. A derrota, , a desmoralização, a extinção ou a fuga, foram as conseqüências. Êste é o tipo de relações sociais que herdamos e que molda nossa sociedade atual. Espero que este exemplo nos faça refletir e nos impulsione para a busca de um novo alvorecer, que faça brotar em nossos corações um raminho de coragem. E que nos guerreiros indígenas não percamos de vista o que significa ser índio e lutar pela nossa nação. E que pelo sangue dos que tombarão, e pelos gritos de desespero possamos refletir neste dia e todos os dias.Gilberto Pataxó- Aldeia Corumbauzinho Prado Bahia – texto extraído e adaptado Professor titular Dr. Do Instituto do Trópico Subimúdo da Universidade Católica de Goiás.
O sol ainda tingia de dourado as folhas do buriti, quando pela primeira vez o índio pisou nessa terra Pindorama.Isto foi há muito tempo; de lá para cá, mais de 550 gerações se passaram.No início eram grupos nômades, caçadores e coletores; muito tempo depois eles transformaram em agricultores e colonizaram os verdejantes vales desta terra. Neste local, implantaram suas grandes aldeias e seus roçados.E, assim, viviam tranqüilos, respeitando a riqueza do ambiente e as fronteiras que estabeleceram, fronteiras essas que não tinha arames cercas, ou muros, mas sim a fronteira do respeito, onde todos podiam usufruir do meio em que viviam apenas com objetivo de subsistência.Depois que os troncos e famílias lingüísticas se formaram Tupi foi para o norte, Guarani para o sul, Tupinambás para o litoral e os guerreiros Jê povoaram o centro da América do Sul.
Entretanto, como antropólogo e arqueólogo, sentimo-nos na obrigação de esmiuçar com dados concretos, os passos dessa história, mesmo que seja ainda resumida. E tentar mesmo que longe sentir na pele o que os nossos antepassados viveram.Um povo, uma nação que a milhares de anos povoaram e viveram aqui, sem donos, sem ambição sem a destruição chamada (civilização) (modernidade).
E, assim viviam, até o dia em que irromperam na área, em grandes destacamentos armados, homens diferentes, não interessados em plantar, colher e caçar, nem em construir aldeias entre o cerrado e a mata, ou à beira da lagoa ou do rio. Queriam levar gente, pedras brilhantes e ouro. Para muito longe. Meados do século XVII.Foi o caos. As roças foram pilhadas, as aldeias foram demolidas, as mulheres violentadas, as terras de cultivo invadidas, as pessoas morrendo de doenças desconhecidas. A guerra foi a solução ditada pelo desespero. A derrota, , a desmoralização, a extinção ou a fuga, foram as conseqüências. Êste é o tipo de relações sociais que herdamos e que molda nossa sociedade atual. Espero que este exemplo nos faça refletir e nos impulsione para a busca de um novo alvorecer, que faça brotar em nossos corações um raminho de coragem. E que nos guerreiros indígenas não percamos de vista o que significa ser índio e lutar pela nossa nação. E que pelo sangue dos que tombarão, e pelos gritos de desespero possamos refletir neste dia e todos os dias.Gilberto Pataxó- Aldeia Corumbauzinho Prado Bahia – texto extraído e adaptado Professor titular Dr. Do Instituto do Trópico Subimúdo da Universidade Católica de Goiás.
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Jogos Pataxó promoveu a integração dos povos indígenas
Durante cinco dias consecutivos, a Aldeia Pataxó em Coroa Vermelha, onde foi celebrada a Primeira Missa do Brasil, foi palco da 9º edição dos Jogos Indígenas Pataxó. Hoje (dia 22), pela manhã ocorreu à premiação. Todas as equipes receberam um troféu característico da cultura indígena, símbolo do cocar que representa a resistência e a sabedoria do povo Pataxó. E cada atleta ganhou medalha (feita de coco com traços da pintura indígena) e certificado de premiação.
Sem caráter competitivo o evento visa integrar os povos indígenas. “O que prevalece é a congregação e a troca de conhecimento cultural. O mais importante não é a competição, e sim a celebração, a união e a força do povo indígena”, ressaltou o locutor oficial dos jogos, JaguatiriPataxó.
Sem caráter competitivo o evento visa integrar os povos indígenas. “O que prevalece é a congregação e a troca de conhecimento cultural. O mais importante não é a competição, e sim a celebração, a união e a força do povo indígena”, ressaltou o locutor oficial dos jogos, JaguatiriPataxó.
Luta corporal, categoria feminina. Jogos indígenas 2009.
Os Jogos Pataxó reuniram, com apoio do Governo do Estado, através da Sudesb, cerca de dois mil participantes. O encerramento das atividades esportivas aconteceu no inicio da noite de ontem (dia 21), após a realização da luta corporal e cabo de guerra. Mas, foi à corrida com tora feminina, o destaque do dia, onde pela primeira vez a prova foi disputada por mulheres. Em seguida, o público foi presenteado com uma bela apresentação do ritual do fogo. Foram momentos de integração, confraternização e muita criatividade. Os índios entraram na arena, vestidos com tangas cocar utilizando pintura corporal. Na partida de futebol, o árbitro utilizou como bandeira uma palha de bananeira.
O representante cultural Mero Pataxó, há nove anos participa da organização dos jogos. “Nosso evento sempre teve o intuito de promover a integração e troca de conhecimentos das culturas indígenas. No inicio, as atividades eram internas, com índios da nossa aldeia. Porém, foi em 2008, a partir do apoio do Governo do Estado que conseguimos expandir e trazer diversas etnias para participar”, ressaltou Mero.
Corrida com tora, categoria masculina. Jogos indígenas 2009.
Estiveram presentes índios das etnias Pataxó, Pataxó Hãhãhãe e Tupinambá, divididos em dezesseis equipes: Paraná Porán, Caramuru, Pé do Monte, Boca da Mata, Meio da Mata, Impiriba, Barra Velha, Aldeia Velha, Escola Kijêtxawê, Aroeira, Jakira, Torcoté, Tapurumá, Turutarí, Nova Coroa e Birai.
TURISMO – Os jogos também movimentaram o turismo da cidade. Turistas de diversos estados, como São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Goiás, apreciaram o evento e foram convidados pelos organizadores a participar das modalidades em disputa. Os gaúchos Jenario Santos e Fabiano Godim, ficaram empolgados com a corrida de tora e resolveram experimentar. Como brinde, receberam a camisa do evento, que prometeram guardar como lembrança, e voltar no próximo ano. “É a primeira vez que participamos de um evento esportivo e cultural bonito como este. É maravilho estar aqui. O evento resgata grande parte da nossa história que já foi esquecida por muitos, pretendo voltar em 2010”, ressaltou Godim.
Os Jogos Pataxó reuniram, com apoio do Governo do Estado, através da Sudesb, cerca de dois mil participantes. O encerramento das atividades esportivas aconteceu no inicio da noite de ontem (dia 21), após a realização da luta corporal e cabo de guerra. Mas, foi à corrida com tora feminina, o destaque do dia, onde pela primeira vez a prova foi disputada por mulheres. Em seguida, o público foi presenteado com uma bela apresentação do ritual do fogo. Foram momentos de integração, confraternização e muita criatividade. Os índios entraram na arena, vestidos com tangas cocar utilizando pintura corporal. Na partida de futebol, o árbitro utilizou como bandeira uma palha de bananeira.
O representante cultural Mero Pataxó, há nove anos participa da organização dos jogos. “Nosso evento sempre teve o intuito de promover a integração e troca de conhecimentos das culturas indígenas. No inicio, as atividades eram internas, com índios da nossa aldeia. Porém, foi em 2008, a partir do apoio do Governo do Estado que conseguimos expandir e trazer diversas etnias para participar”, ressaltou Mero.
Corrida com tora, categoria masculina. Jogos indígenas 2009.
Estiveram presentes índios das etnias Pataxó, Pataxó Hãhãhãe e Tupinambá, divididos em dezesseis equipes: Paraná Porán, Caramuru, Pé do Monte, Boca da Mata, Meio da Mata, Impiriba, Barra Velha, Aldeia Velha, Escola Kijêtxawê, Aroeira, Jakira, Torcoté, Tapurumá, Turutarí, Nova Coroa e Birai.
TURISMO – Os jogos também movimentaram o turismo da cidade. Turistas de diversos estados, como São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Goiás, apreciaram o evento e foram convidados pelos organizadores a participar das modalidades em disputa. Os gaúchos Jenario Santos e Fabiano Godim, ficaram empolgados com a corrida de tora e resolveram experimentar. Como brinde, receberam a camisa do evento, que prometeram guardar como lembrança, e voltar no próximo ano. “É a primeira vez que participamos de um evento esportivo e cultural bonito como este. É maravilho estar aqui. O evento resgata grande parte da nossa história que já foi esquecida por muitos, pretendo voltar em 2010”, ressaltou Godim.
Fotos:Paulo Neves
A experiência de turismo sustentável na reserva de Jaqueira, na Bahia”, durante o II Seminário Internacional de Turismo Sustentável
Jaguatiry Pataxó foi palestrante do painel “A experiência de turismo sustentável na reserva de Jaqueira, na Bahia”, durante o II Seminário Internacional de Turismo Sustentável, realizado de 12 a 15 de maio em Fortaleza, Ceará.Nesta entrevista, ele fala um pouco sobre o ecoturismo na aldeia Coroa Vermelha, situada no sul da Bahia, próximo a Porto Seguro, uma das regiões mais exploradas pelo turismo de massa no Estado. De que forma é realizado o turismo na comunidade de vocês? Jaguatiry Pataxó - É um projeto pioneiro de ecoturismo na região. Primeiro tem uma palestra cultural, a gente fala um pouco da cultura Pataxó, (sobre) os processos de transformação ao longo dos anos, a luta pela demarcação da terra. (Pataxó) Era um povo que vivia numa só comunidade. Em 1950, teve um massacre na aldeia. Policiais nos confundiram com um grupo que saqueou uma vila. O massacre durou por volta de 28 dias. Depois, as pessoas tiveram que se dividir e surgiram 23 aldeias (20 na Bahia e 3 em Minas Gerais). São ao todo 15 mil Pataxó (no país). Há quantos anos vocês praticam o turismo comunitário e como surgiu a idéia?
Jaguatiry Pataxó – Há 10 anos. O ecoturismo surgiu porque a gente vivia num território de mata primária, mata atlântica e a gente queria usar o espaço sem agredir. Como a gente vive numa área turística, a gente viu a necessidade do visitante chegar na comunidade e não ver o indígena só como objeto de exposição, de chegar só para comprar o artesanato e ir embora. A gente quer um turista que respeite as regras da comunidade, seus membros e valorize o que está conhecendo. Como é a distribuição da renda gerada com o turismo na comunidade? Jaguatiry Pataxó - Com a renda, ajudamos a escola indígena, o posto de saúde, damos suporte às outras associações que não têm local físico para trabalhar. Que tipos de associações? Jaguatiry Pataxó - Associação de pescadores, indígena, a cooperativa de habitação, a associação comunitária e também a associação de agricultores indígenas. Agora a gente quer criar um roteiro nas aldeias para as associações. Como vocês vêem o turismo convencional, de massa? Jaguatiry Pataxó - Existem agências que atuam com o turismo de massa, como a CVC. A CVC já procurou a gente, mas a gente não quer quantidade, a gente quer qualidade. Não adianta vir com quinhentos (turistas) que a gente não vai conseguir dar o nosso recado.
Por Aline Baima, assessora de Comunicação do II SITS
Jaguatiry Pataxó – Há 10 anos. O ecoturismo surgiu porque a gente vivia num território de mata primária, mata atlântica e a gente queria usar o espaço sem agredir. Como a gente vive numa área turística, a gente viu a necessidade do visitante chegar na comunidade e não ver o indígena só como objeto de exposição, de chegar só para comprar o artesanato e ir embora. A gente quer um turista que respeite as regras da comunidade, seus membros e valorize o que está conhecendo. Como é a distribuição da renda gerada com o turismo na comunidade? Jaguatiry Pataxó - Com a renda, ajudamos a escola indígena, o posto de saúde, damos suporte às outras associações que não têm local físico para trabalhar. Que tipos de associações? Jaguatiry Pataxó - Associação de pescadores, indígena, a cooperativa de habitação, a associação comunitária e também a associação de agricultores indígenas. Agora a gente quer criar um roteiro nas aldeias para as associações. Como vocês vêem o turismo convencional, de massa? Jaguatiry Pataxó - Existem agências que atuam com o turismo de massa, como a CVC. A CVC já procurou a gente, mas a gente não quer quantidade, a gente quer qualidade. Não adianta vir com quinhentos (turistas) que a gente não vai conseguir dar o nosso recado.
Por Aline Baima, assessora de Comunicação do II SITS
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