Jaguatiry Pataxó foi palestrante do painel “A experiência de turismo sustentável na reserva de Jaqueira, na Bahia”, durante o II Seminário Internacional de Turismo Sustentável, realizado de 12 a 15 de maio em Fortaleza, Ceará.Nesta entrevista, ele fala um pouco sobre o ecoturismo na aldeia Coroa Vermelha, situada no sul da Bahia, próximo a Porto Seguro, uma das regiões mais exploradas pelo turismo de massa no Estado. De que forma é realizado o turismo na comunidade de vocês? Jaguatiry Pataxó - É um projeto pioneiro de ecoturismo na região. Primeiro tem uma palestra cultural, a gente fala um pouco da cultura Pataxó, (sobre) os processos de transformação ao longo dos anos, a luta pela demarcação da terra. (Pataxó) Era um povo que vivia numa só comunidade. Em 1950, teve um massacre na aldeia. Policiais nos confundiram com um grupo que saqueou uma vila. O massacre durou por volta de 28 dias. Depois, as pessoas tiveram que se dividir e surgiram 23 aldeias (20 na Bahia e 3 em Minas Gerais). São ao todo 15 mil Pataxó (no país). Há quantos anos vocês praticam o turismo comunitário e como surgiu a idéia?
Jaguatiry Pataxó – Há 10 anos. O ecoturismo surgiu porque a gente vivia num território de mata primária, mata atlântica e a gente queria usar o espaço sem agredir. Como a gente vive numa área turística, a gente viu a necessidade do visitante chegar na comunidade e não ver o indígena só como objeto de exposição, de chegar só para comprar o artesanato e ir embora. A gente quer um turista que respeite as regras da comunidade, seus membros e valorize o que está conhecendo. Como é a distribuição da renda gerada com o turismo na comunidade? Jaguatiry Pataxó - Com a renda, ajudamos a escola indígena, o posto de saúde, damos suporte às outras associações que não têm local físico para trabalhar. Que tipos de associações? Jaguatiry Pataxó - Associação de pescadores, indígena, a cooperativa de habitação, a associação comunitária e também a associação de agricultores indígenas. Agora a gente quer criar um roteiro nas aldeias para as associações. Como vocês vêem o turismo convencional, de massa? Jaguatiry Pataxó - Existem agências que atuam com o turismo de massa, como a CVC. A CVC já procurou a gente, mas a gente não quer quantidade, a gente quer qualidade. Não adianta vir com quinhentos (turistas) que a gente não vai conseguir dar o nosso recado.
Por Aline Baima, assessora de Comunicação do II SITS
Jaguatiry Pataxó – Há 10 anos. O ecoturismo surgiu porque a gente vivia num território de mata primária, mata atlântica e a gente queria usar o espaço sem agredir. Como a gente vive numa área turística, a gente viu a necessidade do visitante chegar na comunidade e não ver o indígena só como objeto de exposição, de chegar só para comprar o artesanato e ir embora. A gente quer um turista que respeite as regras da comunidade, seus membros e valorize o que está conhecendo. Como é a distribuição da renda gerada com o turismo na comunidade? Jaguatiry Pataxó - Com a renda, ajudamos a escola indígena, o posto de saúde, damos suporte às outras associações que não têm local físico para trabalhar. Que tipos de associações? Jaguatiry Pataxó - Associação de pescadores, indígena, a cooperativa de habitação, a associação comunitária e também a associação de agricultores indígenas. Agora a gente quer criar um roteiro nas aldeias para as associações. Como vocês vêem o turismo convencional, de massa? Jaguatiry Pataxó - Existem agências que atuam com o turismo de massa, como a CVC. A CVC já procurou a gente, mas a gente não quer quantidade, a gente quer qualidade. Não adianta vir com quinhentos (turistas) que a gente não vai conseguir dar o nosso recado.
Por Aline Baima, assessora de Comunicação do II SITS
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